A menina do sobrado
A menina do sobrado Me chamou para ser o seu criado Eu mandei dizer a ela Que estou vaquejando o meu gado Sou eu Boiadeiro Que gosta do samba arretado A menina do sobrado Não penteia mais cabelo Passa o dia na janela Namorando Boiadeiro Sou eu Boiadeiro Que gosta do samba arretado
A minha boiada é de trinta e um
A minha boiada é de trinta e um A minha boiada é de trinta e um Mas eu contei só trinta Ta faltando um Mas eu contei só trinta Ta faltando um
Abelha que faz o mel
A abelha que faz o mel Também faz o samburá A abelha que faz o mel Também faz o samburá Caboclo pega a sua flecha Não deixa outro tomá Caboclo pega a sua flecha Não deixa outro tomá Ê ê ê ê Guerreiro joga a flecha para o ar
Adeus menina
Adeus menina Boiadeiro vai embora Deixa apenas a saudades Na casa da minha Senhora Adeus menina Boiadeiro foi embora Deixou sua benção Nos braços de Nossa Senhora
Aldeia de Boiadeiro
Abalei minha roseira Para tirar do caminho Abalei minha roseira Para tirar do caminho Na aldeia de Boiadeiro Não se pisa em espinho Na aldeia de Boiadeiro Não se pisa em espinho São sete anos Com sete noites São sete anos Com sete noites Que eu andava Na Juremeira Que eu andava Na Juremeira
Boa noite meus senhores
Boa noite, meus senhores Boa noite, meus senhores Dai-me licença para um cavaleiro Dai-me licença para um cavaleiro Eu moro em mata serrada Eu moro em mata serrada O meu nome é caboclo vaqueiro O meu nome é caboclo vaqueiro Boa noite, meus senhores Boa noite, meus senhores Dai-me licença para um cavaleiro Dai-me licença para um cavaleiro Eu moro em mata serrada Eu moro em mata serrada O meu nome é caboclo vaqueiro O meu nome é caboclo vaqueiro Boa noite, meus senhores Boa noite, meus senhores Dai-me licença para um cavaleiro Dai-me licença para um cavaleiro Deus nos salve, casa santa Deus nos salve, casa santa Onde Deus fez a morada Onde Deus fez a morada Boa noite, meus senhores Boa noite, meus senhores Dai-me licença para um cavaleiro Dai-me licença para um cavaleiro Onde mora o cálice bento Onde mora o cálice bento E a hóstia consagrada E a hóstia consagrada Boa noite, meus senhores Boa noite, meus senhores Dai-me licença para um cavaleiro Dai-me licença para um cavaleiro
Boia Boiadeiro
Boia Boiadeiro Boiadeiro boia Se eu contar minha vida Boiadeiro chora
Boiada boa
Boiada boa Boiada de são vicente Boiada boa Boiada de são vicente No meio de tanto boi Não achei nenhum doente No meio de tanto boi Não achei nenhum doente
Boiadeiro você comeu
Boiadeiro você comeu? Eu não! Iaia não me deu Boiadeiro você jantou? Eu não! Iaia não mandou Boiadeiro você vai embora? Eu não que eu cheguei agora de manhã Que horas você chegou seu Boiadeiro? Eu cheguei de madrugada depois que o galo cantou Boiadeiro de Iaia
Cadê minha corda de laçar meu boi
Cadê minha corda De laçar meu boi O meu boi fugiu E eu não sei pra onde foi
Corda de laçar meu boi
Cadê minha corda de laçar meu boi O meu boi fugiu, eu não sei pra aonde foi Toma lá vaqueiro Toma jaleco de couro Toma jaleco de couro Na porteira do curral
De lá vem vindo
De lá vem vindo De lá vem só De lá vem vindo A força maior De lá vem vindo Boiadeiro De lá vem só De lá trazendo A força maior
Ê Boiadeiro
Cem anos se passaram Venâncio viveu a vida De amor e alegria Era festa todo dia Eêê Boiadeiro, Eêê Boiadeiro Então do céu a voz de Deus falou Do cavalo a viola Do céu a lua Do vento a chuva Você Boiadeiro viveu E hoje no terreiro Abençoa os filhos de Umbanda Velho sábio verdadeiro Em nome de Oxalá Nosso Senhor! Eêê Boiadeiro, Eêê Boiadeiro
É Hora
É hora, é hora O Galo canta É hora, é hora Seu Boiadeiro já vai embora Com Deus e nossa Senhora
É hora de rezar
É hora, é hora É hora de rezar A certeza que eu tenho De morrer para viver É a certeza que na mata Folha verde vai nascer Boiadeiro no sertão Vence tudo que vier Vence a mata e o touro bravo Vence o mau se Deus quiser É hora, é hora É hora de rezar Manhãzinha quando surge Boiadeiro já acordou Já fez reza, já fez prece E o mundo então ganhou Gira o tempo Gira o dia Gira o laço pelo ar Atacando usando o peito Louvando pai Oxalá É hora, é hora É hora de rezar
Ele é bonito e formoso
Ê lá no mato Tem um Boiadeiro Ele é bonito e formoso Como um raio de sol
Ele é meu camarada
Seu Boiadeiro, olha a sua boiada Seu Boiadeiro, olha a sua boiada Ele é Seu Boiadeiro Ele é meu camarada Ele é Seu Boiadeiro Ele é meu camarada Seu Boiadeiro, olha a sua boiada Seu Boiadeiro, olha a sua boiada Ele é Seu Boiadeiro Ele é meu camarada Ele é Seu Boiadeiro Ele é meu camarada
Ele é Navizala
Ele é o Boiadeiro Navizala Oh Navizala Boiadeiro ele é Saiu de chapéu e gibão Montado em seu cavalo Girando laço na mão De valentia o seu boi mugia Quando ouvia o berrante ecoando no sertão Oh bate palma, palma pro vaqueiro Que chegou nesse terreiro pra demanda ele laçar Prepara o carro e o boi carreiro Ele é seu Boiadeiro que chegou pra trabalhar
Estrela Dalva é minha guia
Estrela Dalva é minha guia Que lumêia sem parar Estrela Dalva é minha guia Que lumêia sem parar Lumêia a Mata Virgem Cidade do Juremá Lumêia a Mata Virgem Cidade do Aiucá
Eu andei andei
Eu andei, andei Por esse mundo de Deus Cavalgando por um grande sertão Muito cansado com o meu gibão A chuva caía Meu corpo tremia Bate forte trovão Eu descansava E nos pés da jurema Me deram o meu nome É Boiadeiro, é Navizala A demanda é paia Arueira Pelos caminhos que eu andar Arueira Eu sou de Luanda Arueira Filho de Ganga Zumba A demanda é paia Arueira Não me deixe só Arueira Eu sou filha de um Boiadeiro Arueira E não nego meu cazuá
Eu me chamo Boiadeiro
Zai, zai, zai Boa noite meus senhores Zai, zai, zai Boa noite, venham cá Zai, zai, zai Eu me chamo Boiadeiro Zai, zai, zai Aqui é em qualquer lugar Zai, zai, zai Boa noite meus senhores Zai, zai, zai Boa noite, venham cá Zai, zai, zai Eu me chamo Boiadeiro Zai, zai, zai Não nego meu natural Zai, zai, zai Ô lá nas Matas Lá na Jurema Oh lá nas Matas Lá na Jurema É uma Lei severa É uma Lei sem pena É uma Lei severa É uma Lei sem pena Em cima do meu lajedo Eu bebi água no gravatá Sou Boiadeiro Eu bebi água no gravatá Sou Gentileiro Eu bebi água no gravatá Sou Boiadeiro Nas tranças do seu cabelo Eu bebi água no gravatá Eu bebi água no gravatá Sou Gentileiro Eu bebi água no gravatá Sou Boiadeiro
Eu tenho meu chapéu de couro
Eu tenho meu chapéu de couro Eu tenho a minha guiada Eu tenho meu lenço vermelho Para tocar minha vaquejada
Firmei meu ponto na porteira do curral
Firmei meu ponto na porteira do curral Joguei meu laço e peguei meu alazão Jibão de couro e perfume da Jurema É na Jurema que eu busco a proteção Jibão de couro e perfume da Jurema É na Jurema que eu busco a proteção É o Boiadeiro ô, é o Boiadeiro É da Jurema, é da Jurema É o Boiadeiro ô, é o Boiadeiro É da Jurema, é da Jurema Boi, ê boi, ê boi, ô boi Boi, ê boi, ê boi, ô boi
Na minha boiada me falta boi
Na minha boiada me falta boi Oi me falta um Oi me falta dois Na minha boiada me falta boi Oi me falta dois Oi me falta três
Não corte capim aí capineiro
Não corte aí capineiro Só corte quando eu mandar E rê rê rê rê E rê rê rê rá
Não toque neste boi
Não toque nesse boi Que esse boi é cruzado Ele é de Boiadeiro Caboclo valente De peito afiado Se você precisar Boiadeiro está aqui Mas não toque boi Que a ponta da chibata pode te ferir Não toque nesse boi Não toque nesse boi Que esse boi é cruzado Ele é de Boiadeiro Caboclo valente De peito afiado Se você precisar Boiadeiro está aqui Mas não toque boi Que a ponta da chibata pode te ferir
Nas tranças do seu cabelo
Nas tranças do seu cabelo, Boiadeiro Eu bebi água no gravatá Eu bebi água no gravatá, seu Boiadeiro Eu bebi água no gravatá
No clarão da lua
Ele veio pelo rio de contas Caminhando pela aquela rua Olha que beleza Seu Boiadeiro no clarão da lua
Ô laje ô laje
Ô laje, ô laje Ô laje grande meu Deus Ô laje, ô laje Ô laje grande pai meu
Olha meu camarada
Olha meu camarada Camarada meu A Umbanda é uma escola De amor e caridade Aqui dentro eu encontrei Minha família de verdade Olha meu camarada Camarada meu Boiadeiro sambador Samba até de madrugada Boiadeiro ta dançando A Iaô já ta cansada Olha meu camarada Camarada meu O barulho do Atabaque Estremece todo chão O Ogã passa pro couro A batida do coração Olha meu camarada Camarada meu
Pedrinha miudinha
Pedrinha miudinha Pedrinha na Aruanda, Eêê Lajeiro tão grande Tão grande na Aruanda, Eêê Esse lageiro é muito grande de pedrinha miúda É de pedrinha miúda É de pedrinha graúda
Que vaqueiro malvado
Oh oh que vaqueiro malvado Oh oh que vaqueiro malvado Botou fogo na fazenda Não deixou tirar meu gado Que vaqueiro é aquele Que pulou o meu cercado Botou fogo na fazenda Não deixou tirar meu gado O gado não era meu Era de pasto alugado
Quem vem lá sou eu
Quem vem lá sou eu Boiadeiro eu sou Seu Boiadeiro Seu Boiadeiro Sua boiada é respeitada
Quero ver cair
Aindokê Eu dei um tiro Quero ver zunir Aindokê Eu dei um tiro Quero ver cair
Seu Boiadeiro da Jurema é o pai
Seu Boiadeiro Cadê sua boiada Seu Boiadeiro da Jurema ele é o pai É nosso camarada
Seu Boiadeiro é quem sabe
Eu atirei Eu atirei ninguém viu Seu Boiadeiro é quem sabe Aonde a flecha caiu Abre-te, campestre Que eu quero passar Quero ver meu gado Aonde ele está?
Seu Boiadeiro por aqui choveu
Seu Boiadeiro por aqui choveu Seu Boiadeiro por aqui choveu Choveu que água rolou Foi tanta água que seu boi nadou Choveu que água rolou Foi tanta água que seu boi nadou
Tá faltando boi
Acendi uma vela por de trás da bananeira De repente pegou fogo e depois virou fogueira Tá tá tá faltando boi