A gente fala
A gente fala que ele é escurecido Um espírito perdido que de noite apareceu Que ele vaga no meio da calunga E que vai de tumba em tumba, e verdade não é Não é alma perdida, o espírito da tumba Ele é seu Sete Catacumbas Atotô! atotô! atotô, seu Sete Catacumbas Atotô! atotô! atotô, mas ele vem da calunga
Balança a figueira
Balança a figueira Balança a figueira Balança a figueira, eu quero ver Exú cair Cadê seu Tranca Rua? Que eu não vejo ele aí Balança a figueira Balança a figueira Balança a figueira, eu quero ver Exú cair
Bananeira
A Bananeira que eu plantei a meia noite E que deu cacho na beira do caminho Eu quero ver esses cabras que é valente Que risca ponto contra feiticeiro Exu pisa no toco Exu pisa no galho O galho balança e Exú não cai, ô ganga Ê ê Exu, olha pisa no toco de um galho só Ê ê Exu, olha pisa no toco de um galho só
Boêmio da madrugada
Zé Pilintra, Zé Pilintra Boêmio da madrugada Vem na linha das Almas E também na encruzilhada Zé Pilintra, Zé Pilintra Boêmio da madrugada Vem na linha das Almas E também na encruzilhada O amigo Zé Pilintra Que nasceu lá no sertão Enfrentou a Boêmia Com seresta e violão Hoje na lei de Umbanda Acredito no Senhor Pois sou seu filho de fé Pois tem fama de doutor Com magias e mirongas Dando forças ao terreiro Saravá seu Zé Pilintra O amigo verdadeiro
Caldeirão sem fundo ferver
Quem nunca viu venha ver Caldeirão sem fundo ferver Quem nunca viu venha ver Caldeirão sem fundo ferver Seu Capa Preta da Encruzilhada Seu Capa Preta da Encruzilhada Lá no cemitério, desmancha tudo Ainda dá risada Lá no cemitério, desmancha tudo Ainda dá risada Quem nunca viu venha ver Caldeirão sem fundo ferver Quem nunca viu venha ver Caldeirão sem fundo ferver Seu Capa Preta da Encruzilhada Seu Capa Preta da Encruzilhada Lá no cemitério, desmancha tudo Ainda dá risada Lá no cemitério, desmancha tudo Ainda dá risada Seu Capa Preta me cubra com sua capa Seu Capa Preta me cubra com sua capa Sua capa me escapa Sua capa me escapa Sua capa me escapa Sua capa me escapa A sua capa é o manto da caridade A sua capa é o manto da caridade Sua capa cobre tudo Só não cobre a falsidade Sua capa cobre tudo Só não cobre a falsidade Seu Capa Preta me cubra com sua capa Seu Capa Preta me cubra com sua capa Quem tem sua capa escapa Quem tem sua capa escapa Quem tem sua capa escapa Quem tem sua capa escapa
Cambône Camboninho meu
Cambône, camboninho meu, minha cambône Olha que Exú vai ao ló Sua banda fica aí Olha que Exú vai só
Casa sem porteira e janela
Exú fez uma casa Sem porteira E sem janela Ainda não achou morador Pra morar nela
Cidade das torrinhas
Na cidade das torrinhas Sete portas se fechou Com uma fumaça ao contrário Que Zé Pelintra soltou Eu soltei periquito, eu soltei sabiá Eu virei macumbeiro de perna pro ar Quem foi que viu Zé Pelintra Vagando neste salão Com um copo de cachaça e um charuto aceso na mão A cachaça só é boa Feita da cana torta Vocês bebem pelo vício E Zé Pelintra porque gosta Eu soltei periquito, eu soltei sabiá Eu virei macumbeiro de perna pro ar Quem foi que viu Zé Pelintra Vagando por esse mundo Na boca de quem não presta Zé Pelintra é vagabundo Quando eu nasci fui chorando Sem ter leite pra mamar Mamei leite de sete vacas na porteira do curral Eu soltei periquito, eu soltei sabiá Eu virei macumbeiro de perna pro ar Quem está batendo na porta? Quem nessa porta bateu? É Jesus Sacramentado Pois Zé Pelintra sou eu Eu soltei periquito, eu soltei sabiá Eu virei macumbeiro de perna pro ar
De capa e cartola
De capa e cartola caminha na madrugada Andarilho da estrada Sempre combatendo o mal Seu Tranca Ruas é amigo camarada Dando forte gargalhada Me livra de todo mal Laroyê Exú, Mojubá Melhor que Tranca Ruas das Almas não há Laroyê Laroyê Exú, Mojubá Melhor que Tranca Ruas das Almas não há Sete marafos coloquei na encruzilhada Sete velas e charutos Também levei um padê A meia noite chamei Seu Tranca Ruas Houve forte gargalhada, ele veio me valer Quero ouvir, quero ouvir Laroyê Exú, Mojubá Melhor que Tranca Ruas das Almas não há Laroyê Laroyê Exú, Mojubá Melhor que Tranca Ruas das Almas não há Faço um pedido no meio da encruzilhada A Tranca Ruas das Almas Antes do galo cantar Se o galo canta É sinal que está na hora Firma gira meu Ogan Que Tranca ruas vai embora Laroyê Exú, Mojubá Melhor que Tranca Ruas das Almas não há
De terno branco seu punhal de aço puro
De terno branco, seu punhal de aço puro O seu ponto é seguro Quando vem pra trabalhar Segura o nego, que esse nego é Zé Pilintra Na descida do morro ele vem trabalhar
Deu meia noite
Deu meia noite A Lua se escondeu Lá na encruzilhada, dando a sua gargalhada Tranca Rua apareceu É laroyê, é laroyê, é laroyê É mojubá, é mojubá, é mojubá Ele é odara, dando a sua gargalhada Quem tem fé em Tranca Rua, é só pedir, que ele dá
Deu meia noite na terra e no mar
Deu meia noite na terra e no mar Deu no mato Na calunga Em todo lugar Seu meia noite não tem hora para chegar Quando chega meia noite Chega em qualquer lugar
Deu um clarão na encruzilhada
Deu um clarão na encruzilhada E do clarão surgiu uma gargalhada Não era o sol não era a Lua O que brilhava era o mestre Tranca Ruas
Ê Caveira
Ê, Caveira, afirma ponto Na folha da bananeira Exú Caveira! Quando o galo canta é madrugada Foi Exú na encruzilhada, batizado com dendê Rezo uma oração de traz pra frente Queimo fogo e a chama ardente aquece Exú, Ô Laroiê! Eu ouço a gargalhada do Diabo É Caveira, o enviado do Príncipe Lúcifer É ele quem comanda o cemitério Catacumba tem mistério e seu feitiço tem axé Ê, Caveira! Ê, Caveira, afirma ponto Na folha da bananeira Exú Caveira! Na Calunga, quando ele aparece Credo em cruz, eu rezo prece pra Exú O dono da rua Sinto a força deste momento E firmo o meu pensamento Nos quatro cantos da rua Eu peço a ele que me proteja Onde quer que eu esteja Ao longo desta caminhada Confio em sua ajuda verdadeira Ele é Exú Caveira O Senhor das Encruzilhadas Ê, Caveira! Ê, Caveira, afirma ponto Na folha da bananeira Exú Caveira!
É mirim, é mirim, é mirim
É mirim, é mirim, é mirim É mirim de pirim pim-pim É mirim, é mirim, é mirim É mirim de pirim pim-pim Pisa no galho, pisa no toco Tira a encrenca, tira o sufoco Pisa no galho, pisa no toco Tira a encrenca, tira o sufoco
É Mojibá
É mojibá, seu Exu Rei, é mojibá É mojibá, seu Exu Rei, é mojibá Seu Tranca Rua na Kimbanda é mojibá É mojibá, Seu Tranca Rua, é mojibá É mojibá, Seu Tranca Rua, é mojibá Sete Tronqueira na magia é mojibá É mojibá, Sete Tronqueira, é mojibá É mojibá, Sete Tronqueira, é mojibá E a Pomba Gira na defesa é mojibá É mojibá, Pomba Gira, é mojibá É mojibá, Pomba Gira, é mojibá Exu Veludo no inferno é mojibá É mojibá, Exu Veludo, é mojibá É mojibá, Exu Veludo, é mojibá Seu Vira Mundo na virada é mojibá É mojibá, Seu Vira Mundo, é mojibá É mojibá, Seu Vira Mundo, é mojibá Sete Porteira no retorno é mojibá É mojibá, Sete Porteira, é mojibá É mojibá, Sete Porteira, é mojibá Cangaruçu na Macaia é mojibá É mojibá, Cangaruçu, é mojibá É mojibá, Cangaruçu, é mojibá Seu Tiriri lá no retorno é mojibá É mojibá, Seu Tiriri, é mojibá É mojibá, Seu Tiriri, é mojibá É mojibá Seu Marabô é mojibá É mojibá, Seu Marabô, é mojibá É mojibá, Seu Marabô, é mojibá E o Exu Mangueira na virada é mojibá É mojibá, Exu Mangueira, é mojibá É mojibá, Exu Mangueira, é mojibá Seu Sete Encruza na virada é mojibá É mojibá, Sete Encruza, é mojibá É mojibá, Sete Encruza, é mojibá
Ele é capitão da encruzilhada
Mas ele é, capitão da encruzilhada Mas ele é, ordenança de Ogum Sua divisa quem lhe deu foi Oxalá Sua coroa quem lhe deu foi Omolu Ô salve o sol, salve a estrela, salve a lua Saravá seu Tranca Rua, que é dono Da gira no meio da rua Ena ena amojibá!! Ena ena amojibá!! Saravá seu Tranca Rua Que é dono da gira no meio da rua
Ele não podia faltar
Ele não podia faltar Na sua encruza Sempre a trabalhar Ele é Exú Mirim É protetor Da porteira desse congá
Era meia noite quando o malvado chegou
Era meia noite quando o malvado chegou Era meia noite quando o malvado chegou Corre e gira, corre e gira Vai chegar a madrugada Salve Exú, Salve Exú Das 7 Encruzilhadas
Essa é uma história que aconteceu comigo
Essa é uma história, que aconteceu comigo Andava pela rua, e no caminho só perigo Eu não tinha paz, eu não tinha verdade Nos caminhos da amargura, buscava felicidade Foi então que no meio da encruza Avistei um homem com tridente na mão Me disse moço, não temas o perigo Pois exú é caminho, estou aqui pra lhe ajudar Quando precisar é só chamar por mim Sou seu amigo, guardião eu me chamo tiriri Quando precisar é só chamar por mim Sou seu amigo, guardião eu me chamo tiriri É tiriri, rei da encruza É tiriri, rei da calunga Seu tiriri, é rei em qualquer lugar Que não há portas fechadas, quando vem pra trabalhar
Esse gongá tem segurança
Na beirada do caminho Esse congá tem segurança Na porteira tem vigia Meia noite o galo canta
Estava sentado numa mesa da Jurema
Estava sentado numa mesa da Jurema Afirmei meu ponto e balancei o maracá E eu saldei foi a Jurema Preta Seu José Pilintra dê um tombo e venha cá
Eu não devo nada a ninguém
Eu não devo nada a ninguém Procuro não ter inimigos Eu nunca ando sozinho Carrego a força do Exú Que é meu amigo Se tiveres demanda Sou de Paz Eu sou de Guerra Eu carrego a força Do Exú que está na terra Eu carrego a força Do Exú que está na terra
Eu sou o Zé
Eu sou o Zé Da viola, do pau preto Menina eu te namoro Casamento eu não prometo
Exú Caveirinha venha trabalhar
Exú Caveirinha Venha trabalhar Levanta dessa Tumba Faz pedra rolar Na mão esquerda a foice Na cinta o punhal Não sai da linha mano Pra não se dar mal
Exú da Boca da Mata
Exú da Boca da Mata Oi dá licença, eu preciso passar Eu venho saravá a Umbanda Na aldeia da Juremá Espere uma folha cair, diz Exú Espere uma ave cantar Depois você pode seguir que a Jurema E Oxóssi vão lhe acompanhar
Exu dá caminho é só pedir com fé
É pois é Exú dá caminho É só pedir com fé A noite é linda, no céu brilha a lua Faço uma oração ao Seu Tranca-Ruas Homem valente, meu protetor Rei da encruzilhada é seu Marabô O galo canta dentro da calunga Saudando a magia de Sete Catacumbas Suas palavras são verdadeiras Quem avisa amigo é disse Seu Caveira É pois é Exú dá caminho É só pedir com fé Ao lado dele, sei que estou seguro Não tenho nada a temer, ele é Exú Veludo Se estou em perigo, ele vem agir Salve o Exú Menino, salve Seu Tiriri Meus inimigos não tiram meu sossego Tenho o ombro amigo do Exú Morcego E as mandingas que jogaram em mim Quem cortou brincando foi Exú Mirim Pode acreditar Exú vai lhe ajudar É só pedir com fé Que a sua vida vai mudar É pois é Exú dá caminho É só pedir com fé
Exú é do querer querer
Exú é do querer, querer Na hora grande é que eu quero ver Exú é do romper da aurora Seu Tranca Rua é quem comanda agora
Exú não brinca Exú não é brincadeira
Exú não brinca, Exú não é brincadeira Dez horas plantou bananeira Onze hora banana deu cacho Meia noite não madurou Exú botou bananeira embaixo
Exú Tiriri é belo
Já passou a meia noite vamos ver quem vem aí Já passou a meia noite vamos ver quem vem aí Afirmar nossa corrente aí vem Seu Tiriri Afirmar nossa corrente aí vem Seu Tiriri Tiriri é belo é belo É belo Exú! Eu caminhava pela rua Com uma rosa e um chapéu Entre meio dessa sombra Esse homem apareceu Você não sabe onde eu moro Você não vê o que eu vi Lá no centro do cruzeiro Eu sou Exú Tiriri Exú Tiriri Lonán Bará Exú! Exú Tiriri é belo
Exú Tranca Ruas me abre o terreiro
Exú, Exú Tranca Ruas Me abre o terreiro Me fecha a rua
Festa do Exú Tiriri
É meia noite em ponto e o galo cantou É meia noite em ponto e o galo cantou Cantou para anunciar que Tiriri chegou Cantou para anunciar que Tiriri chegou Ele vem da calunga De capa e cartola E tridente na mão Esse Exú de fé É quem nos trás o axé E nos dá proteção Ele é Exú Odara E vem nos ajudar Com seu punhal ele fura Ele corta demanda, ele salva, ele cura, Exú é mojubá Laroyê Exú Exú a mojubá Eu perguntei a ele o que é Exú Ele veio me falar Laroyê Exú Exú a mojubá Traz sua falange Exú Tiriri para trabalhar Exú é caminho, é energia, é vida, é determinação É cumpridor da lei, Exú é esperto, Exú é guardião Exú é trabalho, é alegria veloz, Exú é viver É a magia, é o encanto É o fogo no sangue, na veia vibrando, Exú é lazer Laroyê Exú Exú a mojubá Traz sua falange Exú Tiriri para trabalhar Laroyê Exú Exú a mojubá Traz sua falange Exú Tiriri para trabalhar Vem seu tranca-ruas, Maria Padilha e Exú Marabô Sete encruzilhadas, seu Zé Pilintra aqui chegou Maria Mulambo, Maria Farrapo e Dona Figueira Dona Sete Saias, Pombo-gira Menina e Rosa Vermelha Sete catacumbas, Exú caveira firma o ponto aqui E o Exú Capa Preta anunciou a festa do Exú Tiriri É meia noite em ponto e o galo cantou É meia noite em ponto e o galo cantou Cantou para anunciar que Tiriri chegou Cantou para anunciar que Tiriri chegou
Gira sem parar
Gira gira gira, Gira Mundo Mundo gira sem parar Ele gira na encruza Ele gira na calunga Gira em qualquer lugar Nunca têm porta fechada Gira Mundo é Exú No centro da encruzilhada Tranca Rua e Gira Mundo Corre gira sem parar Gira gira gira, Gira Mundo Mundo gira sem parar O terreiro têm porteira Pra passar pede licença Gira Mundo está lá Nunca têm porta fechada Gira Mundo é Exú O terreiro têm porteira Pra passar pede licença Gira Mundo está lá
Inferno pegou fogo
O inferno pegou fogo Seu Toco Preto apagou Foi na gira de Exú Seu Marabô Seu Toco Preto Apagou
Lá na encruza existe um homem valente
Lá na encruza, na encruza Existe um homem valente Com sua capa e cartola E seu punhal e tridente É madrugada É madrugada, é madrugada Ele está do meu lado Por isso eu te digo Tranca Rua Você é meu advogado
Lá na encruzilhada têm um rei
Lá na encruzilhada têm um rei Mas esse rei é seu Tranca Rua Lá na figueira têm outro rei É seu Marabô e a rainha Pombo Gira
Malandro quando desce a ladeira
Não é o amor que faz o homem É as atitudes que ele tem Malandro, quando desce a ladeira Otario se ajoelha, e diz amém
Malandro se na minha cara der
Malandro se na minha cara der Pode fazer testamento e se despedir da mulher Se tiver filho deixa uma recordação Cara que mamãe beijou vagabundo nenhum põe a mão
Marabô ie Marabô ia
Marabô ie, Marabô ia Marabô ie, Marabô ia Cadê Marabô? Cadê Marabô? Cade Marabô? Marabô ia
Me cobre com sua capa
Seu Tranca Rua me cobre com sua capa Quem tem sua capa escapa A sua capa é um manto de caridade Sua capa cobre tudo só não cobre a falsidade
Na porteira eu deixei meu sentinela
Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Exú Pimenta, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Seu Capa Preta, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Seu Exú Rei, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Seu Treme Terra, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Seu Feiticeiro, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Seu Caveirinha, tomando conta da cancela Oi na porteira, eu deixei meu sentinela Eu deixei Exú Porteira, tomando conta da cancela
Não entro mais no cemitério
Caminhando na calunga Uma voz me chamou Era uma linda mulher Exú Maria Padilha rainha de Lúcifer Ela me disse amigo, o que faz aqui? Não é sua morada, esse lugar não é pra ti Hoje estou aqui pra te alertar Sou a bruxa da noite A rainha de Sabá Exú Caveira mandou te avisar Não entra mais no cemitério se não sua alma vai ficar Exú Caveira, êh Exú Caveira, êh Não entro mais no cemitério sem a permissão de você
Não era meia noite
Não era meia noite Era quase meio dia Cemitério tava cheio E de longe ela surgia O Padre rezava E o difunto remechia Santo Antônio que me livre da sua feitiçaria Era vela acesa Cabrito na encruzilhada As almas gemia E ela dava gargalhada Mandaram pra mim a Coruja me visitar Eu chamar mulambo pra ela me ajudar Quem com ferro fere com ferro será ferido A maior da traição é quando vem de um amigo
Ninguém pode comigo
Ninguém pode comigo Eu posso com tudo Lá na encruzilhada ele É seu Exú Veludo Exú Veludo é um Exú muito lindo Na banda e em qualquer lugar Exú Veludo bebe o seu marafo Exú Veludo sabe o que faz Quá, quá, quá Quá, quá, quá Exú Veludo está na banda Ele vem pra trabalhar
O dono do meu caminho
Quando o sol aqui não mais brilhar Quando a lua o seu clarão refletir É sinal que está na hora É ele quem chega agora Já deu meia noite Tranca Ruas é quem chega aqui Quando o sol aqui não mais brilhar Quando a lua o seu clarão refletir É sinal que está na hora É ele quem chega agora Já deu meia noite Tranca Ruas é quem chega aqui Jurou amar alguém na encruzilhada Jurou fazer o bem de madrugada E hoje com fé Companheiro e amigo leal Quebra feitiço e também desfaz o mal E toda vez que na rua eu caminhar E ouvir ao longe sua voz a ecoar Tenho certeza que agora não ando sozinho Seu Tranca Rua é o dono do meu caminho
O sino da igrejinha
O sino da igrejinha faz Belem, Blem, Blom O sino da igrejinha faz Belem, Blem, Blom Deu meia noite o galo já cantou Seu Tranca Rua que é o dono da gira Oi corre gira que Ogum mandou
Ogum Exú pede licença
Ogum Exú pede licença Para o povo arriar Mas ele é um Exú guerreiro Vem trazendo forças para esse terreiro
Olha quem chegou
Olha quem chegou Olha quem chegou O Exú da encruzilhada Grande rei, Seu Marabô À meia noite ao cair da madrugada Seu Marabô se apresentou Ele veio pra vencer demanda No terreiro ele é doutor Todo imponente ele chega na Umbanda Com sua capa e tridente na mão Quem meche comigo não conhece a força Do meu grande guardião
Pisa no toco
Santo Antonio pequenino Tocou fogo no paiol, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Santo Antonio pequenino Tocou fogo no paiol, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Exú pisa no toco Exú pisa no galho O galho balança Exú não cai, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Exú pisa no toco Exú pisa no galho O galho balança Exú não cai, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Chuva grossa não me molha Sereno quer me molhar, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Chuva grossa não me molha Sereno quer me molhar, ô ganga Ê Exú Exú pisa no toco De um galho só Marimbondo pequenino deu lá no meu paiol o ganga Ê Exu pisa no toco De um galho só
Portão de ferro
Portão de ferro Cadeado de madeira Exú toma conta Exú presta conta Seu Exú fecha nossa porteira
Pra debaixo de uma laje fria
Pra debaixo de uma laje fria É pra lá que eu vou É pro cemitério É de lá que eu sou Se precisar de mim É só mandar me chamar
Procissão das almas
Bate o sino na calunga E sopra o vento na madrugada As almas enfileiradas Pedem maleime a Atotô É hora grande lá na calunga Estala osso e geme catacumba Reluz no clarão da lua A foice do guardião E nas doze badaladas Dá gargalhada e abre o portão É a procissão das almas que vai passar É Tatá Caveira quem vai guiar As almas perdidas pra se encontrar As almas benditas para Oxalá
Quando o sol aqui não mais brilhar
Quando o Sol aqui não mais brilhar Quando a Lua o seu clarão refletir É sinal que está na hora É ele quem chega agora, já deu meia noite Tranca Rua quem chega aqui Jurou amar alguém na encruzilhada Jurou fazer o bem de madrugada E hoje com fé, companheiro e amigo leal Quebra feitiço e também desfaz o mal E toda vez que na rua eu caminhar E ouvir de longe sua voz a ecoar Tenho certeza que agora eu não ando sozinho Seu Tranca Rua é dono do meu caminho
Quando vem de Alagoas
Seu Zé Pilintra quando vem de Alagoas Toma cuidado com o balanço da canoa Oh, Zé, faça tudo que quiser Só não maltrate o coração dessa mulher Seu Zé Pilintra quando vem de Alagoas Toma cuidado com o balanço da canoa Oh, Zé, faça tudo que quiser Só não maltrate o coração dessa mulher
Santo Antônio de batalha
Santo Antônio de batalha Faz de mim batalhador Corre e gira, Santo Antônio Tranca Rua e Marabô Santo Antônio de batalha Faz de mim batalhador Corre e gira, Pomba Gira Tranca Rua e Marabô Santo Antônio de batalha Faz de mim batalhador Corre e gira, Pomba Gira Tranca Rua e Marabô Santo Antônio de batalha Faz de mim batalhador Corre e gira, Pomba Gira Tranca Rua e Marabô
Santo Antônio pequenino
Santo Antônio Pequenino Amansador de burro brabo Quem mexer com Sto Antônio Ta mexendo com o diabo Rodeia, rodeia, rodeia Meu Santo Antônio rodeia Pomba Gira Rainha Gira a noite, gira o dia No embalo dessa gira Gira o Exu Ventania Rodeia, rodeia Maria mulambo No meio da encruzilhada Convidou João Caveira Dando uma gargalhada Rodeia, rodeia Tiriri matou um galo E cortou em pedacinho Convidou Maria Padilha Para não comer sozinho Rodeia, rodeia Me convidaram Pra pular amarelinha Se eu perder você me ganha Se eu ganhar você é minha Rodeia, rodeia
Sapato de algodão
Seu Capa Preta foi pro inferno Com sapato de algodão O sapato pegou fogo Exú ficou de pé no chão
Sentimento verdadeiro
Sentimento verdadeiro, eu vou te dizer qual é Somente amor de mãe e de Jesus de Nazaré Eu fui muito humilhado, mas me levantei na fé Hoje em dia o meu peito bate na sola do pé Te dei amor, te dei carinho, eu te dei minha devoção E você retribuiu o meu amor com ingratidão Mas tá tranquilo, meu parceiro, você não me deve nada Acerta as suas contas com malandrinho da estrada E eu disse que vai, vai ter volta E vai ter volta Quando eu estava no chão, a malandragem me amparou Malandrinho me jurou que ainda vou ver sua dor Sentimento verdadeiro, eu vou te dizer qual é Somente amor de mãe e de Jesus de Nazaré Eu fui muito humilhado, mas me levantei na fé Hoje em dia o meu peito bate na sola do pé E eu disse que vai, vai ter volta E vai ter volta Quando eu estava no chão, a malandragem me amparou Malandrinho me jurou que ainda vou ver sua dor
Seu Tranca Rua ele é Exú amigo
Seu Tranca Rua Ele é Exú amigo Seu Tranca Rua Ele é meu protetor Com sua capa me livra dos perigos Afastando os inimigos por onde que que eu vou Lá na encruza ele tem sua morada A Tranca Ruas eu demonstro a minha fé E a meia noite quando o sino toca Com a sua gargalhada eu recebo seu axé Tranca Rua o que ele é Exú Odara Tranca Rua o que ele é Trabalhador Ordenança de Ogum Vence batalhas Com Tranca Rua sempre sou um vencedor Na madrugada os tambores vão tocando A Exú vamos saudando A Laroiê! Nesse momento ouço sua resposta É seu Tranca Rua que venho pra me atender Tranca Rua o que ele é Exú Odara Tranca Rua o que ele é Trabalhador Ordenança de Ogum Vence batalhas Com Tranca Rua sempre sou um vencedor
Seu Zé Pilintra quando vem
Seu Zé Pilintra quando vem Ele trás sua magia Para saudar todos seus filhos E retirar feitiçaria
Soltaram um bode preto
Soltaram um bode preto Meia noite na calunga Ele correu os quatros cantos Foi parar lá na porteira Bebeu marafo com Tata Caveira
Soltei um pombo lá nas matas
Soltei um pombo lá nas matas Oi, na pedreira não pousou Mais foi pousar numa escruzilhada Seu Tranca Rua é quem mandou
Sou Exú trabalho no canto
Sou Exú, trabalho no canto Quando canto desmancho quebranto Sete cordas tem minha viola Vou na gira de lenço e cartola bis Viola é tridente Cigarro é charuto Bebida é marafo Sou Sete da Lira Derrubo inimigo Ponteiro de aço
Sua casa é longe e lá no cemitério
Sua casa é longe e lá no cemitério Mas lá também tem sua encruzilhada Quem esteve lá ouviu Agora diz que na Umbanda Sem Exú não se faz nada Já vem rompendo aurora Raio Dia 7 Covas Vai girar agora
Trabalhar para que
É de manhã quando eu desço a ladeira A nega pensa que eu vou trabalhar Mas eu boto meu baralho no bolso, meu cachecol no pescoço E vou pra Barão de Mauá Trabalhar, trabalhar Trabalhar pra quê? Se eu trabalhar eu vou morrer
Um certo Zé
A história de um certo Zé Eu agora vou contar Ele fez uma promessa Nos braços de Iemanjá A canoa já virou Foi a marola lá do mar Se salvasse a sua vida Da bebida ele ia largar Por causa dessa promessa Nego Zé se transformou Saravá seu Zé Pilintra Na Umbanda ele é doutor
Vai Mirim vai passear
Vai Mirim Vai passear Numa noite tão bonita Numa noite de luar
Vermelho é a cor do sangue do meu pai
Vermelho é a cor do sangue do meu pai E verde a cor das matas Saravá ao Exú Pantera Negra O saravá as matas onde ele mora
Voa alto
Em uma noite de Lua Eu vi um homem a caminhar Pela calunga Possuía um mistério Guardião da meia noite, guardião do cemitério Dono da escuridão Seu olhar é pura magia Com Maria Mulambo, Exú Caveira e Padilha Formam no cruzeiro uma corrente a energia E voa alto, meu Exú Laroyê, é Mojubá Carrega o encanto de um segredo Na Umbanda pisa forte Ele é Exú Morcego Dentro do meu terreiro Corta demanda e retira minha dor É na calunga que está sua energia Mas esse Exú me acompanha onde for E voa alto, meu Exú Laroyê, é Mojubá Carrega o encanto de um segredo Na Umbanda pisa forte Ele é Exú Morcego
Zé dos anjos
No Codó tem uma igreja Com três torres encantadas Uma é feia, outra é bonita meu pai A outra é mal assombrada No Codó tem uma igreja Com vinte e cinco janelas Cada janela um cruzeiro meu pai Cada cruzeiro uma vela Mais eu vou dizer meu nome Pra você não se atrapalhar Mais eu vou dizer meu nome Pra você sempre alembrar Me chamo José dos Anjos Não peço, mando buscar O meu nome é Zé dos Anjos Prometo pra não faltar