A Catacumba
Num lugar distante Numa rua tão deserta Tinha um cemitério antigo E uma catacumba aberta Dentro da cova Tinha pano de caixão Tinha osso de defunto Cravejado um coração Raspa de vela Sete novelos de linha Tinha cadeado velho Tinha sangue de galinha Dentro da cova Tinha um vulto ajoelhado Era Maria Padilha Trabalhando pro Diabo Vem serrar madeira Vem serrar madeira Vem serrar madeira, Maria Padilha Vem serrar madeira
A dona da rosa
Eu caminhava pela alta madrugada Sob clarão da lua Ouvi uma gargalhada Linda morena formosa Me diga quem você é Eu sou a dona da rosa Sou pombagira de fé Posso abrir qualquer gira Com ordem de Lúcifer Sou Pombagira de Umbanda Não me conhece quem não quer
A dona do cabaré
Do buraco onde eu vim, as mulheres me rodeiam Do buraco onde eu vim, os homens me desejam Fui menina, já fui moça, hoje sou mulher Sou Maria Farrapo, a dona do cabaré Deu meia-noite, quando a lua se escondeu Lá na encruzilhada Farrapo apareceu E ela vem girando, girando, girando, girando, girando E ela vem girando, girando, girando, girando, girando Vem dando gargalhada Maria Farrapo já está chegando Vem dando gargalhada Maria Farrapo já está chegando
A taça se quebrou
Força de mãe, Paixão de Cristo Que Pomba Gira me faz bem Eu não amo a ninguém, amor de mãe E Paixão de Cristo faz bem Eu não amo a ninguém, amor, amor Eu não me troco por ninguém A taça se quebrou Meu coração se arrebentou Quando eu soube que você Me traiu por outro amor A minha taça quebrou meu grande amor Meu coração se arrebentou Quando eu soube que você Me abandonou por outro amor Ele não tem o que dar Eu tenho carinho pra te ofertar Meu coração bate mais forte E a Sete Encruza vai ganhar
Abre essa cova quero ver tremer
Abre essa cova quero ver tremer Abre essa cova quero ver balancear Maria Padilha das almas O cemitério é o seu lugar É no buraco que a Padilha mora É lá na lomba que a Padilha vai girar
Arreda homem que aí vem mulher
Arreda homem que ai vem mulher Ela é a Pomba Gira, rainha do Candomblé Tranca Ruas vem na frente pra mostrar quem ela é
Casa de pombo
É uma casa de pombo É de Pomba Gira Auê, Auê Auê, Auê Auê, Auá É Pomba Gira é mojubá
Casamento de Rosa Caveira
É segunda-feira Eu vou pro casamento de Rosa Caveira Que vai ser à meia-noite em ponto Em uma capela feita de madeira Mandei chamar Seu Omulu Pra cerimônia vir rezar A capela toda enfeitada Com um chão de flores para ela entrar A catacumba se abriu até o chão tremeu Com as sete badaladas que o sino deu Com as sete badaladas que o sino deu Vem anunciando que ela vem aí A corte convidada, Dama da Noite com Seu Tiriri Eu pensei que eles não vinham, foi o que eu falei Tomei um tapa na minha cara Pois eu vi a Rainha com o Exú Rei Quem vem vindo aí, veja quem chegou Com sua roupa em escamas douradas Era da praia com Seu Marabô Eu até me assustei, quando olhei para a esquina Vinha chegando o Exú Maré Bem acompanhado de sua menina A festa foi ficando boa E o tempo foi passando Maria Mulambo e Exú do Lodo Era mais um casal que vinha chegando Exú Morcego bebeu todas E o convite não chegou lá em casa Nós viemos assim mesmo Eu sou a Milongueira e esse é o Exú Brasa E nesse momento a confusão aconteceu Rosa Caveira ficou na mão Porque o seu noivo desapareceu Os irmãos da noiva, João Caveira e o Caveirinha Foram correndo atrás do noivo Que estava fugindo com a Maria O malandro entrou na favela Pulando telhados, muros e janelas Feito fumaça ele sumiu no ar Mais uma noiva ele deixou no altar Feito fumaça ele sumiu no ar Mais uma noiva ele deixou no altar Dizem por aí que ele é José Usa um terninho branco Que danado que ele é
Cemitério é praça linda
Cemitério é praça linda, mas ninguém quer passear Lá tem sete catacumba, a Padilha mora lá Mora lá, mora lá, mora lá, mora lá Cemitério é praça linda, mas ninguém quer passear Lá tem sete catacumba, a Cigana mora lá Mora lá, mora lá, mora lá, mora lá
Clareia o sol clareia a lua
Clareia o sol, clareia a lua Clareia o sol, clareia a lua São sete noites de luar Sou eu quem vou girar As sete covas se abriram Peço licença para entrar Sou eu Pombagira Sete Saias Sou eu quem vou girar Sou eu, sou eu, sou eu As sete noites de luar
Copo de veneno
Tentaram me matar com copo de veneno Tentaram me matar com copo de veneno Se quiser matar me mata Que beber eu bebo mesmo Se quiser matar me mata Que beber eu bebo mesmo
Cruzeiro das almas
Nasceu no cruzeiro das almas Uma roseira que já deu flor Entre elas um rosa Que em uma linda mulher Se transformou Praticando sua caridade com muito amor Exalando harmonia com o perfurme da flor Ela é moça bonita É faceira e formosa Pombagira do Cruzeiro É a mais bela das rosas
De vermelho e negro vestida a noite
De vermelho e negro vestida a noite O mistério traz De colar de cor, de brinco dourado A promessa faz Se é preciso ir, você pode ir, peça o que quiser Mas cuidado amigo, ela é bonita, ela é mulher Mas cuidado amigo, ela é bonita, ela é mulher E no canto da rua, zombando, zombando Zombando está Ela é moça bonita, oi girando, oi girando Oi girando lá E no canto da rua, zombando, zombando Zombando está Ela é moça bonita, oi girando, oi girando Oi girando lá Oi girando, Laroye
Dói dói dói
Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar No tempo em que ela tinha dinheiro Os homens queriam lhe amar Mas hoje o dinheiro acabou A velhice chegou e ela se põe a chorar Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar Te dei amor Te dei carinho Te dei uma rosa E tirei os espinhos Dói, dói, dói, dói, dói Um amor faz sofrer Dois amor faz chorar
É mal de amor
É mal de amor É mal de amor Maria bebe todas para curar a minha dor Mulambo tira da solidão Vou te levar para casa para ganhar seu coração É mal de amor É mal de amor Maria bebe todas para curar a minha dor Amanhecida ela vai para casa Toda embriagada por causa do amor
Estrada sem fim
Vinha caminhando pela rua Quando uma moça bonita eu vi Vinha caminhando pela rua Quando uma moça bonita eu vi Com sua sandália de prata Sua saia dourada Ela sorriu para mim E eu perguntei a ela Aonde fica a sua morada? Ela respondeu pra mim, assim Moro numa estrada sem fim Moro numa estrada sem fim
Eu menti pra ela Zé
Eu menti pra ela Zé Disse que não gostava dela Zé E que ela podia ir, que não ia doer Falei que não íamos dar certo E seria bem melhor pra ela assim Eu a fiz chorar seu Zé Também achei que ela não fosse embora Zé Quando me virou as costas eu só sabia chorar Oh Zé, oh Zé Nunca vi um malandro chorar por uma mulher Eu ando triste, ô Zé Minha alma chora Eu ando triste, ô Zé Não vá embora Oh Zé Minha vida tem sido ruim Se não fosse você O que seria de mim?
Foi numa noite
Foi numa noite Que encontrei linda mulher Que do nada me apareceu Ela me disse, levante a cabeça Não chore por tudo que aconteceu Oh, meu amigo, tenha muita fé Sou Mulambo rainha do cabaré Eu não sou santa mas sua vida vou mudar Eu sou Mulambo aqui E em qualquer lugar Sou pomba-gira Sou rainha Sou farceira Pode comigo contar O mundo da muitas voltas Você pode acreditar Sua vida com certeza vai mudar Eu não sou santa mas sua vida vou mudar Eu sou Mulambo aqui E em qualquer lugar
Foi uma rosa que eu plantei
Foi uma rosa que eu plantei na encruzilhada Foi uma rosa que eu colhi no meu jardim Maria Mulambo, Maria Mulher Maria Mulambo, rainha do Candomblé
Já deu minha hora
Já deu a minha hora Até um dia moço As almas do meu lixo me esperam Eu já vou Se a saudade apertar É só chamares por mim Essa alma de Mulambo Que passou por aqui Eu sou a rainha Mulambé Coroa de lata Brilha como o sol Porque eu sou Maria E trabalho no além O segredo do feitiço Eu não ensino ninguém Não me pergunte meu bem Eu não ensino ninguém O segredo do feitiço Eu não ensino ninguém
Job joga flores no caminho
Job joga flores no caminho Não me deixe andar sozinho Nesse mundo de meu Deus Você que é uma rainha Mas deixou tudo que tinha Pra viver com os plebeus Você que é uma rainha Mas deixou tudo que tinha Para viver com os plebeus Linda, formosa e vaidosa Traz no cabelo uma rosa Que alguém lhe ofereceu Morena quem me contou foi um jongo Você é Maria de Job Para nós tu és Mulambo Oh abre a roda, deixa ela dançar Ela é Maria Mulambo Aqui e em qualquer lugar Oh abre a roda, deixa ela dançar Ela é Maria Mulambo Aqui e em qualquer lugar
Lá vem ela caminhando pela rua
Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua Oh, que noite tão bonita Como brilha o luar Abram alas, minha gente Que a Mulambo vai chegar Canta um ponto bem bonito Que a Mulambo vai dançar O trabalho desta moça Faz a Umbanda admirar Lá vem ela Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua Lá vem ela Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua A Lua brilhava, Tiriri bebia Tranca Rua cantava, Marabô sorria São todos Exu de fama, são todos Exu de fé Saravá Maria Mulambo e todo Exu que aqui vier Lá vem ela Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua Lá vem ela! Lá vem ela, oh Caminhando pela rua Lá vem a Maria Mulambo Com Tiriri, Marabô e Tranca Rua
Lei da inquisição
O povo queria matar uma mulher O padre não concordou E a rezou com muita fé Ele era pecador E na fogueira morreu junto Foi parar lá no inferno Aquele casal de defunto Ela se juntou às cinzas Gargalhou a luz da Lua A mulher virou Mulambo E o padre Seu Tranca Ruas Foi condenada Pela lei da inquisição Para ser queimada viva Sexta feira da paixão O padre rezava E o povo acompanhava Quanto mais o fogo ardia Ela dava gargalhada
Maria do cais
Noite linda, noite de Lua cheia As estrelas lhe guiam moça da juremeira Ela é bonita, protetora das mulheres Trabalhou no cais No pesado, sim, senhor Eu lhe pedi uma flor Ela me deu um jardim Jogou fagulhas de luz Nos meus caminhos E até agora esqueci de perguntar Nas estradas da vida Como eu posso lhe chamar? Oi, moça, qual é o seu nome? Na beira do cais, sou Maria Homem
Maria Padinha e o compadre Lúcifer
A porta do inferno estremeceu Todos correram para ver quem é Ouvi uma gargalhada na encruzilhada É Maria Padilha e o compadre Lúcifer
Moça bonita
De vermelho e negro vestindo a noite o mistério traz De colar de cor, de brinco dourado a promessa faz Se é preciso ir você pode ir, peça o que quiser Mas, cuidado amigo, ela é bonita Ela é mulher Mas, cuidado amigo, ela é bonita Ela é mulher E no canto da rua Zombando, zombando, zombando está Ela é moça bonita Girando, girando, girando lá E no canto da rua Zombando, zombando, zombando está Ela é moça bonita Girando, girando, girando lá Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê De vermelho e negro vestindo a noite o mistério traz De colar de cor, de brinco dourado a promessa faz Se é preciso ir você pode ir peça o que quiser Mas, cuidado amigo ela é bonita Ela é mulher E no canto da rua Zombando, zombando, zombando está Ela é moça bonita Girando, girando, girando lá E no canto da rua Zombando, zombando, zombando está Ela é moça bonita Girando, girando, girando lá Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê Oi girando, laroyê
Moça me dá um cigarro
Moça me dá um cigarro pra eu fumar Pois nem dinheiro eu tenho para comprar Vivo sozinho, vivo na solidão Maria Padilha, me da a sua proteção Ô moça, ô moça Ô moça me tira dessa forca Ô moça, ô moça Ô moça me tira dessa forca
Molambo magia e encanto
Por onde eu ando Nunca estou só Tenho em Molambo Minha força maior Ela é rainha Rainha mulher Em seu trono está a minha fé Molambo, Molambo Você vai por onde eu ando Molambo, Molambo Tem magia, tem encanto Já teve riqueza, realeza Largou tudo em nome do amor Hoje o seu nome é louvado Em cada terreiro Está o seu reinado Molambo, Molambo Você vai por onde eu ando Molambo, Molambo Tem magia, tem encanto
Mulambo rainha divina a Deusa encantada
Mulambo, rainha divina A deusa encantada Ela tem no seu gongá a segurança A sua estrada é marcada Caminhou num tapete de flores E nem sequer se importou Ela deixou os seus súditos chorando E foi viver no mundo da perdição Ela é rainha! Ela é mulher Ela é rainha! Ela é mulher Pedacinho de Mulambo Para quem tem fé
Na boca de quem não presta
Pombagira é mulher De domingo até segunda Na boca de quem não presta Pombagira é vagabunda Oh gire, gire Oh gire, girá Ela tem sete maridos Mas não pode se casar
Na família da Maria
Na família da Maria Só não entra quem não quer Ela é Maria Padilha, Maria Mulambo, Maria Mulher
Na mesa de um bar
Padilha na mesa de um bar Pra beber e cantar E viver de alegria Padilha é mulher encantada Rainha da Encruzilhada Senhora da magia
Não mexa com ela
Não mexa com ela Que ela nunca anda só Não mexa com ela Que ela nunca anda só Carrega sete navalhas Em malandro ela dá nó Seu nome é Maria Navalha Guardiã da lei maior Anda dia, anda noite Na luz, na escuridão Quebra feitiço e demanda E desfaz amarração Coroada por Ogum Amparada por Xangô Com a força de Iansã No terreiro ela chegou Não mexa com ela Que ela nunca anda só Não mexa com ela Que ela nunca anda só Carrega sete navalhas Em malandro ela dá nó Seu nome é Maria Navalha Guardiã da lei maior
No magia e no amor
No clarão da Lua cheia Que sua saia vem roda Vem trazer os seus mistérios Nessa noite de luar Teu perfume tem amor Teu olhar é feiticeiro Teu abraço dá calor Pros Exus desse terreiro Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira Quando eu for pra encruzilhada Os pedidos vou levar Vou saudar essa mulher Pra seu axé me acompanhar Vou dizer-te boa noite E o quanto és amada Você é a moça bonita Pros Exus da madrugada Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira Meus pedidos vou levar Com farofa e dendê Vou pedir por proteção Pois eu sei que vou vencer Por favor, minha senhora Tire toda minha dor Que no balanço da sua saia Brilha a força do amor Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira Você é minha rainha A senhora do axé Canto a Maria Padilha Pra mostrar a minha fé Acredito em você Na magia e no amor É pra você Maria Padilha Esse toque do tambor Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira No clarão da Lua cheia Que sua saia vem roda Vem trazer os seus mistérios Nessa noite de luar Teu perfume tem amor Teu olhar é feiticeiro Teu abraço dá calor Pros Exus desse terreiro Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira Quando eu for pra encruzilhada Meus pedidos vou levar Vou saudar essa mulher Pro seu axé me acompanhar Vou dizer-te boa noite E o quanto és amada Você é a moça bonita Dos exus da madrugada Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira Meus pedidos vou levar Com farofa e dendê Vou pedir-te por proteção Pois eu sei que vou vencer Por favor, minha senhora Tire toda minha dor Que no balanço da sua saia Brilha a força do amor Ê Padilha Ê Padilha, você é namoradeira Casou-se com seu Tranca Rua Com seu Marabô e seu Exu Caveira
Numa noite linda eu fui na beira da praia
Numa noite linda eu fui na beira da praia A moça da saia, flores eu vou levar O mar estava calmo, senti seu perfume ao vento Mesmo seu pensamento pode ouvir seu cantar Pomba gira da praia, que o vento balança a saia Leva sua oferenda para se enfeitar Sei feitiço e mandinga, e todo seu balanceado Ohh pomba gira diga me toda verdade Cadê seu olhar feitiço, cadê seu balanceado Cadê a morena da praia que vem trabalhar
Olha a pomba girê
Olha a Pomba Girê, Olha a Pomba Gira Olha a pomba-girê Olha a pomba-girá Olha a pomba-girê, olha a pomba-girê Olha a pomba-girá Pomba-gira tem sete maridos Olha a pomba-girê, olha a pomba-girá Pomba-gira da saia rodada Que bebe e que fuma na encruza fechada Olha a pomba-girê Olha a pomba-girá Olha a pomba-girê, olha a pomba-girê Olha a pomba-girá Pomba-gira Maria Mulambo Maria Padilha, Rainha das Almas Pomba-gira das Sete Encruzas Rainha do Lodo, Cigana falada
Pomba gira sete rosas
Tentaram me matar na porta de um cabaré Tentaram me matar na porta de um cabaré Ando de noite, ando de dia só Não mata quem não quer Ando de noite, ando de dia Só não mata quem não quer
Pombagira é mulher de sete maridos
Pombagira é mulher de sete maridos Pombagira é mulher de sete maridos Não mexa com ela Ela é um perigo Não mexa com ela Ela é um perigo
Pra ser rainha
Pra ser rainha não é só sentar no trono Pra ser rainha tem que saber governar Sentada no seu trono Mandaram lhe chamar Boa noite gente Maria Padilha estava lá
Que caminho tão escuro
Mas que caminho tão escuro Que vem passando aquela moça Mas que caminho tão escuro Que vem passando aquela moça E vestidinho de chita Estalando osso, osso por osso E vestidinho de chita Estalando osso, osso por osso Mas ela é a Pombo gira Mas é Maria Mulambo Mas ela é a Pombo gira Mas é a Tata Mulambo E vestidinho de chita Estalando osso, osso por osso E vestidinho de chita Estalando osso, osso por osso
Qui qui qui Quitéria
Qui qui qui qui qui Qui qui qui Quitéria Ela trabalha de noite Ela trabalha no inferno Na porta da calunga No meio do cruzeiro
Sacode o pó
Sacode o pó que chegou Rosa Caveira Sacode o pó que chegou Rosa Caveira Pombo-gira da calunga Vem levantando poeira Pombo-gira da calunga Vem levantando poeira Suas mandingas são cercadas de mistérios Saravá a Pombo-gira Que vem lá do cemitério
Salve Maria Padilha
Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha que ilumina o meu caminhar Perambulava pelas ruas, já sem saber, o que fazer Procurava na noite, uma solução, para tanta dor Sofrimento e solidão Então eu clamei, ao povo da rua Que me enviasse, no momento alguma ajuda pois eu já não tinha Força para continuar Então eu clamei, ao povo da rua Que me enviasse, no momento alguma ajuda pois eu já não tinha Forças para continuar Quando me virei vi uma mulher, na beira da estrada Trazia uma rosa em sua mão, um feitiço no olhar Naquela bela noite de luar, deslumbrei sua dança Com sua sai a rodar, eu me aproximei e lhe perguntei o que ela fazia na estrada Ela respondeu, moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha Ela respondeu, moço eu sou Rainha, vim lhe ajudar Sou Maria Padilha Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha Quando eu precisei o pombo gira, você veio me ajudar Deste outro rumo a minha vida Hoje eu venho te louvar Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha Salve Maria Padilha, Salve Maria Padilha
Têm ladeira
Tem ladeira no caminho Essa terra têm segurança Na porteira têm vigia Meia-noite o galo canta
Trabalha na encruzilhada
Exú, Maria Padilha Trabalha na encruzilhada Toma conta, presta conta Ao romper da madrugada Pomba gira, minha comadre Me proteja noite e dia É por isso que eu conto Com sua feitiçaria
Você sabe quem sou eu
Você sabe quem sou eu? Você sabe quem sou eu? Eu giro ao meio dia, eu giro à meia noite Eu giro a qualquer hora Você sabe quem sou eu? Você sabe quem sou eu? Eu sou o Exú, mulher