A sineta do céu bateu
A sineta do céu bateu Oxalá já diz que é hora Eu vou, eu vou, eu vou Fica com Deus e Nossa Senhora
A sineta do céu bateu Oxalá já diz que é hora Eu vou, eu vou, eu vou Fica com Deus e Nossa Senhora
Salve o Congo Arriou na linha de Congo É de Congo, é de Congo, aruê Arriou na linha de Congo Agora que eu quero ver Arriou na linha de Congo É de Congo, é de Congo, aruê Arriou na linha de Congo Agora que eu quero ver Salve Congo Salve rei Congo, salve os Congos de Iansã Salve São Jorge guerreiro Salve São Sebastião Salve São Jorge guerreiro Salve São Sebastião
Bahia ô África Venha nos ajudar Força baiana Força africana Força divina vem cá vem cá
Pai Joaquim Cadê pai Mané? Ta no mato Apanhando guiné Pois diga a ele que quando vier Que suba a escada e não bata com o pé
Cambinda mamanhê Cambinda mamanha Segura a Cambinda que eu quero vê Que filho de Umbanda não tem querer
Caminhou, caminhou Preto Velho caminhou Caminhou, caminhou Preto Velho caminhou Lá na Aruanda maior Preto Velho caminhou Lá na Aruanda maior Preto Velho caminhou
Na fazenda do Lajedo Tem quatro campos quadrados Cada campo tem um negro Capinando o seu roçado Senhor, Senhor, deixa negro trabalhar Senhor, Senhor, deixa negro trabalhar
Ele é carreiro Na estação da Leopoldina Tava carreando boi Para salvar banda de Minas O mineiro ê, o mineiro á Macumba boa Como a de Minas não há Eu subi de serra acima Meu Lajedo eu fui morar Quem não pode com mandinga Não carrega patuá O mineiro ê, o mineiro á Macumba boa Como a de Minas não há
Essa casa tem quatro cantos Cada canto tem seu santo Onde mora o cálice bento e divino Espírito Santo Zum zum zum Olha lá Jesus quem é Eu juro por Deus e as almas O inimigo cai Eu fico em pé
Eeh Luanda, eeh Luanda Terra da macumba, do batuque e do canjerê Terra da macumba, do batuque e do canjerê Eu vou chamar vovô Eu vou chamar vovó
Traga o seu cachimbo Traga o vinho do vovô Hoje é dia de festa Cativeiro acabou Salve o povo de Angola Salve o povo de Aruanda Saravá vovô Cambina que Chegou aqui na Umbanda Vou chamar pai Benedito Pai Tomé e João Mineiro Chama todos os pretos velhos Pra festejar no terreiro Traga o seu cachimbo Traga o vinho do vovô Hoje é dia de festa Cativeiro acabou
Firma ponto minha gente Preto Velho vai chegar Ele vem de Aruanda Ele vem pra trabalhar Saravá Pai Joaquim Saravá, saravá, saravá Ele chegou no terreiro Ele vem nos ajudar
Eu andava perambulando Sem ter nada pra comer Fui pedir às santas almas Para vir me socorrer Foi as almas que me ajudou Foi as almas que me ajudou Meu divino espírito santo Viva a Deus Nosso Senhor Quem pede às almas As almas dá Filho de pemba é que não sabe aproveitar
Lá vem a vovó descendo a ladeira com sua sacola Ela vem de Aruanda, ela vem de Aruanda Ela vem de Angola Eu quero ver vovó, eu quero ver vovó Eu quero ver, filho de Umbanda não tem querer
Lá vem vovô Descendo a serra Com sua sacola É com sua rosário, é com seu patuá Ele vem de Angola Eu quero ver vovô Eu quero ver Eu quero ver, se filho de pemba tem querer
Mãe Maria cadê pai José Ta na mata apanhando guiné Diga a ele que quando vier Que suba as escadas sem bater o pé
Meu Pai Joaquim na Umbanda é curador Vem no terreiro abençoar nosso congá Ô viva as Almas, viva Deus, viva meu Pai Quem caminha com esse Velho Só balança mas não cai
O navio de São Salvador Chegou da Bahia tão carregado Trouxe cravo Trouxe rosa Pai Malaquias que vinha de lá
No tempo do cativeiro Quando o senhor me batia Eu rezava pra Nossa Senhora Ai meu Deus Como a pancada doía Trabalhava na lavoura No açúcar, no sisal Nego era chicotiado No velho tronco de pau Quando cheguei na Bahia A Capoeira me libertou E até hoje ainda me lembro Das ordens do meu senhor Trabalha Negro, Negro trabalha Trabalha Negro pra não apanhar Trabalha Negro, Negro trabalha Trabalha Negro pra não apanhar No tempo do cativeiro Quando o senhor me batia Eu rezava pra Nossa Senhora Ai meu Deus Como a pancada doía
Numa noite linda Noite de luar Preto-velho orou a Zambi Pra cativeiro acabar Trabalha Zé, trabalhou Trabalha Zé, trabalhou Trabalha Zé Que o cativeiro acabou
Ô Iaiá ô Iaiá Vovó Maria Redonda Chegou na Umbanda Para trabalhar Iaiá meus filhos senhor meu pai Toma a bença para a preta velha Que filho de Umbanda não cai Ô Iaiá Ô Iaiá ô Iaiá Vovó Maria Redonda Chegou na Umbanda Para trabalhar Iaiá meus filhos senhor meu pai Toma a bença para a preta velha Que filho de Umbanda não cai Toma a bença para a preta velha Que filho de Umbanda não cai
O pinto piou lá na Angola O galo cantou lá na Angola Preto Velho que veio de Angola Trazendo a mironga na sua sacola
É Tia Maria, Preta Velha da Bahia É Tia Maria, Preta Velha da Bahia Segura a barra da saia Dança na ponta do pé E quando pega no rosário Traça Umbanda e Candomblé Tia Maria É Tia Maria, Preta Velha da Bahia É Tia Maria, Preta Velha da Bahia Rezadeira de quebranto Mal olhado e desencanto Feiticeira, curandeira Dobradeira de junqueira, Tia Maria É Tia Maria, Preta Velha da Bahia É Tia Maria, Preta Velha da Bahia Ninguém segura seu ponto Sua pemba e muita fé E quem quiser falar com ela Ganha figa de guiné Tia Maria É Tia Maria, Preta Velha da Bahia É Tia Maria, Preta Velha da Bahia
Preto velho nunca foi à cidade Oi sinhá Fala na lingua de Zambi Oi sinhá Eeee oi sinhá Fala na lingua de Zambi Eeee oi sinhá Fala na lingua de Zambi
Preto Velho quando vem Ele vem aos pés da cruz Vem trazendo proteção Para os filhos de Jesus A terra tremeu A terra tremeu Tremeu a cruz Mas não tremeu Jesus
Que fumaça cheirosa vovô Sai do seu cachimbo Não sei se é arruda vovô Ou manjericão Só sei que esta fumaça, vovô Faz bem ao meu coração Meu Pai Antônio de Angola Protetor, bondoso guia Ele traz no patuá O feitiço da Bahia Que fumaça cheirosa vovô Sai do seu cachimbo Não sei se é arruda vovô Ou manjericão Só sei que esta fumaça, vovô Faz bem ao meu coração Enquanto a senzala dormia Sua oração fazia Ajoelhado pedia clemência A Jesus e a Virgem Mari
Que preto é esse, ô calunga Que chegou agora, ô calunga É Pai Joaquim, ô calunga Que veio de Angola Ô calunga
Quem é aquele velhinho Que vem no caminho andando devagar Com seu cachimbo na boca Puxando a fumaça e jogando no ar Ele é do cativeiro É Pai Benedito, ele é mirongueiro
Quem vem de longe é Pai Joaquim D'agola Quem vem de longe é Mãe Cambina D'angola Os seus cabelos brancos encaracolados Tem a trancura da pureza e da alegria São abençoados pelo filho de Maria
Fio Se você precisar É só pensar na Vovó Que ela vem te ajudar Pensa numa estrada longa, zifio Lá no seu jacutá E numa casinha branca, zifio Que a Vovó tá lá Sentada num banquinho tosco, zifio Com seu rosário na mão Pensa na Vovó Maria Redonda Fazendo oração Pensa na Vovó Maria Redonda Fazendo oração Fio Se você precisar É só pensar na Vovó Que ela vem te ajudar
Vovó Cambina tem Tem um segredo da Lua Vovó Cambina tem Tem um segredo da Lua Olha seus filhos, Vovó Esses que moram na rua Olha seus filhos, Vovó Esses que moram na rua
Tira o cipó do caminho, oi criança Deixa a vovó atravessar Eles vem chegando São os preto velhos que vem trabalhar
Um grito de liberdade e a corrente se quebrou Um grito de liberdade, um grito me acordou Dentro de um canavial o negro se libertou E lá não tinha pra ele nem chibata e nem feitor E lá não tinha pra ele nem senzala e nem senhor Dentro de um canavial o negro se libertou E lá não tinha pra ele nem chibata e nem feitor E lá não tinha pra ele nem senzala e nem senhor José de Aruanda é um grande lutador Hoje baixa no terreiro traz a paz e o amor Sua sabedoria, seus ensinamentos Vão de canto a canto aliviando o sofrimento Vão de canto a canto aliviando o sofrimento Vem da força da reza, vem da força das ervas Vem da força da reza, vem da força das ervas Vem tirando todo o mal, a mandinga ele quebra Vem tirando todo o mal, a mandinga ele quebra Foi Xangô quem lhe trouxe, Zâmbi lhe coroou Agradeço dia-a-dia, viva Deus Nosso Senhor Agradeço dia-a-dia, viva Deus Nosso Senhor
Cacuruquê, cacuruquê Eu quero cambarerê Sou Casanje de Angola Caçulê eu vou lhe aprender Matarê vou juntar Arruê vou tocar Fundanguê vou queimar Inimigo não vai aguentar Só queima fogo quem pode queimar Ponto seguro não pode falhar Velho Casanje veio de Angola Trazendo mironga pra todos curar
Saravá Vovó Joaquina Saravá o seu conga Ela vem lá de Aruanda Ela vem pra trabalhar Com suas mirongas E seu patuá Saravá Vovó Joaquina Na fé de Oxalá
Vovó não quer casca de côco no terreiro Vovó não quer casca de côco no terreiro Pra não lembrar o tempo do cativeiro Pra não lembrar o tempo do cativeiro Vivia perambulando sem ter nada pra comer Fui pedir as santas almas Pras almas me proteger Foi as almas que me ajudou Foi as almas que me guiou Meu Divino Espirito santo Louvo a Deus Nosso senhor
Vovó Sabina, cadê Pai Tomé? Foi na mata pegar guiné Diga a ele que quando vier Que cruza a mironga debaixo do pé Vovó Sabina, cadê Pai Tomé? Foi na mata pegar guiné Diga a ele que quando vier Que cruza a mironga debaixo do pé
Vovó tem sete saias Na última saia tem mironga Vovó veio de Angola Pra rezar filhos de Umbanda Com seu patuá e a figa de guiné Vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé